Os dentes ficam sensíveis e doloridos quando em contato com alimentos quentes ou frios devido a perda do esmalte, camada que envolve a coroa dos dentes, que é a proteção natural contra estímulos térmicos. Esta perda pode ser ocorrida por cáries, desgastes, restaurações, fraturas, oclusão deficiente, a alimentação rica em ácidos (frutas cítricas e refrigerantes em excesso, por exemplo) e a escovação dental. Principalmente a oclusão defeituosa que promove a fadiga das estruturas dentárias na região do colo, as substâncias ácidas que causam a dissolução do esmalte e a escovação que remove mecanicamente o esmalte enfraquecido ou dissolvido dos dentes são os principais fatores. Fatores sistêmicos também podem contribuir para a degradação das estruturas dentárias, tais como refluxo gastroesofágico, bulimia, hipertireoidismo e qualquer outra doença que reduza o fluxo salivar. Outra causa de sensibilidade é a retração gengival, dentina ou extrutura dental radicular exposta pelo deslocamento ou perda de tecido gengival, causada por vários fatores como técnica de escovação errada e doença periodontal, oclusão.Como as causas da sensibilidade podem ser muitas, somente o cirurgião dentista poderá dizer qual é o seu caso e indicar o melhor tratamento - que pode ser aplicação de flúor, laserterapia, restaurações, aplicação de dessensibilizadores , etc. E ainda indicar um creme dental específico como coadjuvante do tratamento.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
terça-feira, 20 de maio de 2008
Chupeta: bandida ou mocinha ?
Adriana Modesto*; Maria Cristina Ferreira de Camargo**
* Professora-Assitente do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da FO-UFRJ e Coordenadora da Clínica de Bebês da Odontopediatria da FO-UFRJ.** Professora Titular de Odontopediatria da FO-Araras (UNIARARAS)
Atualmente, a chupeta é uma peça que faz parte do enxoval de todo bebê. As diferentes marcas, formas, cores e desenhos têm despertado uma atração irresistível para as mamães, mas, ao mesmo tempo, se confundem, no momento da escolha. Criticada por uns e indicada por outros, seria a chupeta uma verdadeira vilã ou uma simples mocinha?
A resposta para essa pergunta dependerá de qual é a sua freqüência, intensidade e duração de uso. Se for usada freqüentemente e/ou por um período prolongado, determinará a instalação do hábito e poderá prejudicar a amamentação materna., causar mal posicionamentos dentários, desvios no crescimento dos maxilares, alterações na deglutição e fonação. Porém, se for utilizada na saúde oral do bebê e no desenvolvimento dos arcos osteodentários, não deverá interferir na atividade de sucção nutritiva.
No ciclo natural evolutivo do bebê de 0 a 6 meses deverá respirar bem, sugar e deglutir. A sucção é um impulso presente desde o nascimento, e servirá de treinamento para o segundo reflexo da alimentação: a mastigação. A sucção não visa somente a nutrição, mas também, a satisfação psicoemocional, de forma que cada bebê apresenta a sua necessidade individual de sucção que pode não ser satisfeita apenas com o aleitamento natural. Dessa forma, quando isso ocorre, a chupeta deverá ser usada racionalmente. Não deve ser oferecida, a qualquer sinal de desconforto, para acalmar o choro provocado por outros fatores, nem entendida como um artefato para apoio emocional, ou uma forma de lazer para a criança: não se recomenda que o bebê durma todo o tempo com a chupeta, devido a necessidade de manter a boca fechada, enquanto dorme, para criar uma memória muscular do contato entre os lábios e favorecer a correta respiração pelo nariz. Mesmo entendendo a chupeta como um aparelho de sucção, que também poderá prevenir a sucção de dedo, é melhor que apresente as características mais anatômicas e funcionais possíveis para não provocar danos maiores na eventualidade de se formar um hábito. A chupeta deve ter o bico compatível com o tamanho da boca e com a idade do bebê. Além disso, é importante que a direção do longo eixo do bico esteja em uma posição inclinada para cima em relação ao apoio labial. Para os recém-nascidos, pode ser de látex ou de silicone e, para os bebês de baixo peso ou prematuros o tamanho do bico deve ser adequado, para não provocar um posicionamento incorreto com uma posteriorização da língua. O disco ou apoio labial deve ser de plástico firme e maior do que a boca do bebê para prevenir que a chupeta seja colocada inteira dentro da boca e para proporcionar uma vedação para que o bebê não coloque os lábios em cima do apoio. Deve ser recortado como um grão de feijão, para evitar uma conseqüente deformação na região anterior da arcada dentária e na base do nariz. Deve apresentar no mínimo dois furos de ventilação opostos com diâmetro de 5 mm e a distância do bico de 5 a 6 mm para favorecer a circulação de ar no rosto do bebê e prevenir irritações na pele causadas pelo acúmulo de saliva. Não precisa, obrigatoriamente, ter argola, podendo possuir apenas uma saliência para que a mãe possa puxar para estimular os exercícios de sucção ou para retirá-la da boca do bebê. Jamais deve ser amarrada ou pendurada ao redor do pescoço do bebê com fita, corrente ou fralda, pois além de haver risco de estrangulamento, pendurá-la e deixá-la acessível favorecerá a instalação do hábito. Quando o bebê chora, por falta de sucção ou por necessidade de sugar mais, mesmo estando alimentado, a mãe deverá estimular a sucção colocando a chupeta lentamente em contato com o contorno dos lábios do bebê e com toques leves, para que o bico seja umedecido e haja estímulo para o reflexo. O bebê, então, começará a sugar e a mão deverá segurar a chupeta e puxá-la com movimentos leves, como se fosse par retirá-la da boca, estimulando a sucção. Ao realizar esses exercícios várias vezes, a musculatura facial já deverá ter trabalhado o suficiente e a função de sucção deverá ter sido concluída. O bebê não desejará mais a chupeta e o hábito não se instalará. Adicionalmente, vale ressaltar que a chupeta nunca deve ser mergulhada em substâncias doces, para evitar e instalação de doença cárie. Para a segurança do bebê, o bico e o disco de plástico devem ser inspecionados freqüentemente para detecção de qualquer sinal de deterioração. Se o bico estiver inchado, rasgado ou pegajoso, a chupeta de ser trocada. Depois de cada uso, a mão deve verificar se o bico está bem preso ao disco de plástico para evitar acidentes. É fundamental que os profissionais transmitam às mães a informação de que a chupeta deve ser utilizada exclusivamente como aparelho para complementar a sucção na fase em que o bebê necessita desse exercício funcional que é um estímulo benéfico ao crescimento e desenvolvimento dos arcos dentários. Por isso, é muito importante que as mães realmente a utilizem unicamente para satisfazer a sucção, obtendo com isso, apenas os seus efeitos desejáveis. Sendo assim, após o término da fase de sucção, a criança estará apta para as fases subseqüentes de crescimento e desenvolvimento, i.e., sorver e mastigar, de forma que obtenha posteriormente o equilíbrio neuromuscular e dentofacial desejado pelo profissional que o monitora.
* Professora-Assitente do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da FO-UFRJ e Coordenadora da Clínica de Bebês da Odontopediatria da FO-UFRJ.** Professora Titular de Odontopediatria da FO-Araras (UNIARARAS)
Atualmente, a chupeta é uma peça que faz parte do enxoval de todo bebê. As diferentes marcas, formas, cores e desenhos têm despertado uma atração irresistível para as mamães, mas, ao mesmo tempo, se confundem, no momento da escolha. Criticada por uns e indicada por outros, seria a chupeta uma verdadeira vilã ou uma simples mocinha?
A resposta para essa pergunta dependerá de qual é a sua freqüência, intensidade e duração de uso. Se for usada freqüentemente e/ou por um período prolongado, determinará a instalação do hábito e poderá prejudicar a amamentação materna., causar mal posicionamentos dentários, desvios no crescimento dos maxilares, alterações na deglutição e fonação. Porém, se for utilizada na saúde oral do bebê e no desenvolvimento dos arcos osteodentários, não deverá interferir na atividade de sucção nutritiva.
No ciclo natural evolutivo do bebê de 0 a 6 meses deverá respirar bem, sugar e deglutir. A sucção é um impulso presente desde o nascimento, e servirá de treinamento para o segundo reflexo da alimentação: a mastigação. A sucção não visa somente a nutrição, mas também, a satisfação psicoemocional, de forma que cada bebê apresenta a sua necessidade individual de sucção que pode não ser satisfeita apenas com o aleitamento natural. Dessa forma, quando isso ocorre, a chupeta deverá ser usada racionalmente. Não deve ser oferecida, a qualquer sinal de desconforto, para acalmar o choro provocado por outros fatores, nem entendida como um artefato para apoio emocional, ou uma forma de lazer para a criança: não se recomenda que o bebê durma todo o tempo com a chupeta, devido a necessidade de manter a boca fechada, enquanto dorme, para criar uma memória muscular do contato entre os lábios e favorecer a correta respiração pelo nariz. Mesmo entendendo a chupeta como um aparelho de sucção, que também poderá prevenir a sucção de dedo, é melhor que apresente as características mais anatômicas e funcionais possíveis para não provocar danos maiores na eventualidade de se formar um hábito. A chupeta deve ter o bico compatível com o tamanho da boca e com a idade do bebê. Além disso, é importante que a direção do longo eixo do bico esteja em uma posição inclinada para cima em relação ao apoio labial. Para os recém-nascidos, pode ser de látex ou de silicone e, para os bebês de baixo peso ou prematuros o tamanho do bico deve ser adequado, para não provocar um posicionamento incorreto com uma posteriorização da língua. O disco ou apoio labial deve ser de plástico firme e maior do que a boca do bebê para prevenir que a chupeta seja colocada inteira dentro da boca e para proporcionar uma vedação para que o bebê não coloque os lábios em cima do apoio. Deve ser recortado como um grão de feijão, para evitar uma conseqüente deformação na região anterior da arcada dentária e na base do nariz. Deve apresentar no mínimo dois furos de ventilação opostos com diâmetro de 5 mm e a distância do bico de 5 a 6 mm para favorecer a circulação de ar no rosto do bebê e prevenir irritações na pele causadas pelo acúmulo de saliva. Não precisa, obrigatoriamente, ter argola, podendo possuir apenas uma saliência para que a mãe possa puxar para estimular os exercícios de sucção ou para retirá-la da boca do bebê. Jamais deve ser amarrada ou pendurada ao redor do pescoço do bebê com fita, corrente ou fralda, pois além de haver risco de estrangulamento, pendurá-la e deixá-la acessível favorecerá a instalação do hábito. Quando o bebê chora, por falta de sucção ou por necessidade de sugar mais, mesmo estando alimentado, a mãe deverá estimular a sucção colocando a chupeta lentamente em contato com o contorno dos lábios do bebê e com toques leves, para que o bico seja umedecido e haja estímulo para o reflexo. O bebê, então, começará a sugar e a mão deverá segurar a chupeta e puxá-la com movimentos leves, como se fosse par retirá-la da boca, estimulando a sucção. Ao realizar esses exercícios várias vezes, a musculatura facial já deverá ter trabalhado o suficiente e a função de sucção deverá ter sido concluída. O bebê não desejará mais a chupeta e o hábito não se instalará. Adicionalmente, vale ressaltar que a chupeta nunca deve ser mergulhada em substâncias doces, para evitar e instalação de doença cárie. Para a segurança do bebê, o bico e o disco de plástico devem ser inspecionados freqüentemente para detecção de qualquer sinal de deterioração. Se o bico estiver inchado, rasgado ou pegajoso, a chupeta de ser trocada. Depois de cada uso, a mão deve verificar se o bico está bem preso ao disco de plástico para evitar acidentes. É fundamental que os profissionais transmitam às mães a informação de que a chupeta deve ser utilizada exclusivamente como aparelho para complementar a sucção na fase em que o bebê necessita desse exercício funcional que é um estímulo benéfico ao crescimento e desenvolvimento dos arcos dentários. Por isso, é muito importante que as mães realmente a utilizem unicamente para satisfazer a sucção, obtendo com isso, apenas os seus efeitos desejáveis. Sendo assim, após o término da fase de sucção, a criança estará apta para as fases subseqüentes de crescimento e desenvolvimento, i.e., sorver e mastigar, de forma que obtenha posteriormente o equilíbrio neuromuscular e dentofacial desejado pelo profissional que o monitora.
Fonte: Jornal da APCD, Janeiro de 1998.
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Refrigerante prejudica os dentes
Tomar refrigerante acarreta a erosão dental, processo caracterizado pela perda do tecido duro da superfície dos dentes. É o que comprova pesquisa coordenada por Jaime Cury, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, vinculada à Universidade Estadual de Campinas. Os resultados do estudo foram publicados na Revista de Odontologia da Universidade de São Paulo (volume 13; número 2).O tecido duro da superfície dos dentes se divide em duas camadas: a mais externa corresponde ao esmalte e a mais interna, à dentina. A redução da dureza tanto do esmalte quanto da dentina deixa os dentes com má aparência, além de causar dor. De acordo com o trabalho de Jaime e sua equipe, quanto mais freqüente é o consumo de refrigerante, mais grave é a erosão dental. E, mesmo depois que o refrigerante pára de ser consumido, a ação da saliva não é suficiente para recuperar totalmente o tecido duro da superfície dos dentes. “O tratamento restaurador do esmalte e/ou da dentina é difícil, oneroso e requer contínuo acompanhamento”, dizem os pesquisadores no artigo. “Em função da natureza do fenômeno de erosão somente medidas de promoção de saúde bucal poderiam contribuir para o seu controle”, comentam. “Deste modo, orientação para reduzir a freqüência de contato dos dentes com refrigerantes, alimentos ácidos ou medicamentos é o conselho mais lógico e efetivo.”
Os pesquisadores produziram blocos de esmalte e de dentina a partir de dentes bovinos. “Foi escolhido dente bovino não só pela facilidade de obtenção, mas principalmente pelo fato de ter comportamento similar ao de dentes humanos em estudos de erosão”, explicam no artigo. Os blocos foram colocados na cavidade bucal de seres humanos, que, durante o estudo, ingeriram de um a oito copos de refrigerante por dia.A análise dos blocos após o consumo de refrigerante – bebida de elevada acidez – revelou “perdas irreversíveis de dureza do esmalte e da dentina”, relatam Jaime e sua equipe no artigo. “Medidas de promoção de saúde bucal devem ser enfatizadas devido à natureza do fenômeno de erosão dental provocado por ácidos também de outras origens”, concluem.
Agência Notisa
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Gravidez X Dentes
A gravidez afeta a saúde dos dentes?
Yvonne Buischi* e Carolina Botelho**
Evitar alimentos açucarados e cuidar adequadamente dos dentes impedem que a saúde bucal da futura mãe piore na gravidez. Feto não retira cálcio da mãe.
Não, o dito popular “a cada gravidez se perde um dente” não é verdadeiro. Embora a piora da condição de saúde bucal seja freqüentemente observada durante a gravidez e logo após o nascimento da criança, a gravidez por si só não provoca problemas nos dentes nem nas gengivas. As alterações hormonais que ocorrem na gravidez só aumentam os sinais de uma inflamação já existente na gengiva. Portanto, se no início da gravidez a gengiva estiver sadia e a limpeza adequada dos dentes for mantida durante este período, a gengiva não ficará inflamada. Por outro lado, pesquisas recentes mostram que gestantes com um tipo de doença de gengiva chamado de periodontite (além de a gengiva estar inflamada também o osso que suporta o dente é reabsorvido) têm maior chance de dar à luz bebês prematuros e de baixo peso.
A gravidez também não enfraquece os dentes, pois o cálcio não é retirado dos dentes da mãe pelo feto. A gestante está mais sujeita a ter cáries porque come com mais freqüência, geralmente dando preferência a alimentos que contêm açúcar, como bolachas e doces (mais açúcar para as bactérias produzirem cáries). Além disso, descuida da limpeza dos dentes (acumulando mais bactérias da cárie). A futura mãe deve aproveitar este período para desenvolver novos hábitos de alimentação, evitando alimentos açucarados, o que só trará benefícios, como a diminuição do risco de ter cáries e o controle de peso. O açúcar natural dos alimentos é suficiente para suprir as necessidades da gestante e as do bebê. Além disso, é essencial limpar diariamente os dentes com fio/fita dental e escova macia, utilizando creme dental com flúor. Os cuidados com a saúde bucal do bebê devem começar já durante a gravidez, com o objetivo de educar para a saúde não só a futura mãe, mas toda a família. A educação para saúde é uma arma importante para o controle e prevenção das doenças que afetam os dentes. A gravidez parece ser o período mais apropriado para se iniciar este processo. Neste momento, os futuros pais e principalmente a futura mãe estão predispostos a mudanças e a grandes esforços em favor do filho que está para nascer, o que facilita a obtenção de resultados positivos, não só para a saúde geral mas também para a saúde bucal. Com a estética, incluindo um sorriso branco e atraente, em alta, é importante lembrar que nada é mais bonito do que uma boca saudável, sem cáries e sem doenças da gengiva. Nenhum tratamento odontológico, por mais sofisticado que seja, produz resultados melhores e a menor custo do que manter a saúde bucal. Outros aspectos importantes da promoção de saúde bucal estarão sendo discutidos durante o III Seminário de Promoção de Saúde Bucal, promovido pelo Per Axelsson Oral Health Promotion Center – São Paulo, com o apoio do SESC – São Paulo, no dia 24 de outubro.
*Yvonne Buischi é especialista em periodontia pela Faculdade de Odontologia da UNICAMP, doutora em bioquímica pela USP, professora associada ao Centro de Odontologia Preventiva de Karlstad - Suécia, ex-presidente da Associação Brasileira de Odontologia Preventiva, consultora da Organização Mundial da Saúde e diretora do Per Axelsson Oral Health Promotion Center – São Paulo.
**Carolina Botelho é especialista em odontopediatria pela Faculdade de Odontologia da UNIP e membro do Per Axelsson Oral Health Promotion Center – São Paulo.
ISTOÉ Gente – outubro de 2003.
Yvonne Buischi* e Carolina Botelho**
Evitar alimentos açucarados e cuidar adequadamente dos dentes impedem que a saúde bucal da futura mãe piore na gravidez. Feto não retira cálcio da mãe.
Não, o dito popular “a cada gravidez se perde um dente” não é verdadeiro. Embora a piora da condição de saúde bucal seja freqüentemente observada durante a gravidez e logo após o nascimento da criança, a gravidez por si só não provoca problemas nos dentes nem nas gengivas. As alterações hormonais que ocorrem na gravidez só aumentam os sinais de uma inflamação já existente na gengiva. Portanto, se no início da gravidez a gengiva estiver sadia e a limpeza adequada dos dentes for mantida durante este período, a gengiva não ficará inflamada. Por outro lado, pesquisas recentes mostram que gestantes com um tipo de doença de gengiva chamado de periodontite (além de a gengiva estar inflamada também o osso que suporta o dente é reabsorvido) têm maior chance de dar à luz bebês prematuros e de baixo peso.
A gravidez também não enfraquece os dentes, pois o cálcio não é retirado dos dentes da mãe pelo feto. A gestante está mais sujeita a ter cáries porque come com mais freqüência, geralmente dando preferência a alimentos que contêm açúcar, como bolachas e doces (mais açúcar para as bactérias produzirem cáries). Além disso, descuida da limpeza dos dentes (acumulando mais bactérias da cárie). A futura mãe deve aproveitar este período para desenvolver novos hábitos de alimentação, evitando alimentos açucarados, o que só trará benefícios, como a diminuição do risco de ter cáries e o controle de peso. O açúcar natural dos alimentos é suficiente para suprir as necessidades da gestante e as do bebê. Além disso, é essencial limpar diariamente os dentes com fio/fita dental e escova macia, utilizando creme dental com flúor. Os cuidados com a saúde bucal do bebê devem começar já durante a gravidez, com o objetivo de educar para a saúde não só a futura mãe, mas toda a família. A educação para saúde é uma arma importante para o controle e prevenção das doenças que afetam os dentes. A gravidez parece ser o período mais apropriado para se iniciar este processo. Neste momento, os futuros pais e principalmente a futura mãe estão predispostos a mudanças e a grandes esforços em favor do filho que está para nascer, o que facilita a obtenção de resultados positivos, não só para a saúde geral mas também para a saúde bucal. Com a estética, incluindo um sorriso branco e atraente, em alta, é importante lembrar que nada é mais bonito do que uma boca saudável, sem cáries e sem doenças da gengiva. Nenhum tratamento odontológico, por mais sofisticado que seja, produz resultados melhores e a menor custo do que manter a saúde bucal. Outros aspectos importantes da promoção de saúde bucal estarão sendo discutidos durante o III Seminário de Promoção de Saúde Bucal, promovido pelo Per Axelsson Oral Health Promotion Center – São Paulo, com o apoio do SESC – São Paulo, no dia 24 de outubro.
*Yvonne Buischi é especialista em periodontia pela Faculdade de Odontologia da UNICAMP, doutora em bioquímica pela USP, professora associada ao Centro de Odontologia Preventiva de Karlstad - Suécia, ex-presidente da Associação Brasileira de Odontologia Preventiva, consultora da Organização Mundial da Saúde e diretora do Per Axelsson Oral Health Promotion Center – São Paulo.
**Carolina Botelho é especialista em odontopediatria pela Faculdade de Odontologia da UNIP e membro do Per Axelsson Oral Health Promotion Center – São Paulo.
ISTOÉ Gente – outubro de 2003.
terça-feira, 15 de abril de 2008
Centro de Reabilitação Oral e Facial
Este é o blog da clínica odontológica ORALFACE, e tem o objetivo de informar as atividades da nossa clínica odontológica, bem como artigos relacionados com o que há de mais moderno na odontologia.
ORALFACE - Centro de Reabilitação Oral e Facial, foi naugurada em 1999, atuando nas mais diversas especialidades, informatizada, com equipamentos de alta tecnologia como o laser para clareamento e laserterapia e profissionais altamente qualificados, tem como proprietário e fundador o ortodontista Dr. Manilthon Calumby Estevam CRO 019, um dos maiores nomes da odontologia de Alagoas.
Agradeço a atenção e aguardem
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